Porque o espírito de um filme de natal pode estar no lugar mais inesperado.
Todo ano é mais coisa. Em meados de outubro, surge uma leva de filmes de Natal açucarados, cheios de mensagens fofinhas e finais previsíveis. Enquanto muita gente encontra conforto neles, eu vou na direção oposta e me jogo no sofá para rever pela enésima vez Duro de Matar.
Estranho? Talvez.
Mas, olhando de perto, Duro de Matar captura tão bem o verdadeiro espírito natalino: a resistência diante do caos e a superação dos imprevistos com toque quase milagroso de seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido. E ninguém personifica isso melhor do que o John McClane de Bruce Willis — um herói que, no fundo, é tão vulnerável e humano quanto qualquer um de nós.
Agora, se por acaso você nunca assistiu Duro de Matar (como assim?!), aqui vai uma sinopse rápida. Na noite de Natal, um policial de Nova York, descalço e de férias, acaba no meio de um ataque terrorista em um arranha-céu de Los Angeles.
Sua missão? Sobreviver, salvar sua esposa, derrotar um grupo de vilões liderados pelo elegante Hans Gruber (Alan Rickman) e, de alguma forma, fazer tudo isso com sarcasmo e uma boa dose de improviso.
E é aí que está a verdadeira magia do Natal. Porque o Natal, como a missão de McClane, não é sobre perfeição. É sobre caos. É sobre se sentir desarmado, exausto, no lugar errado e na hora errada, e ainda assim encontrar forças para seguir em frente.
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John McClane, com seu sorriso cínico, me lembra disso toda vez que revejo esse clássico filme de Natal. Ele não é um herói impecável; é apenas um cara comum, tentando, de maneira atrapalhada e determinada, proteger o que realmente importa. No fundo, não é isso que todos nós fazemos?
Duro de Matar nos relembra que é na vulnerabilidade que encontramos a essência da humanidade, e até no caos há espaço para milagres. Afinal, se John McClane consegue sair inteiro de tantas adversidades, quem sabe também consigamos sobreviver às festas de fim de ano com um pouco de garra e humor.
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