A NIGTHMARE ON ELM STREET 3: DREAM WARRIORS
Direção: Chuck Russel
EUA, 1987
“Sonhos essas pequenas fatias de morte. Como as odeio.”
- Edgar Alan Poe.
Com essa frase e aquela música tétrica da série que começa “A Hora do Pesadelo 3 – Guerreiros dos Sonhos”, um filme divertido e que tem seus momentos brilhantes, porém peca por cair em clichês ridículos. Já reparou como isso é normal em filmes de terror? Mesmo assim esse continua a ser, de longe, meu gênero cinematográfico preferido.
Diferente dos dois primeiros filmes da série, nessa terceira parte, Freddy está um pouco mais “simpático”, falante e piadista, mas como sempre carregando seu trágico humor negro habitual. Nada mal a princípio, o início é até empolgante, do meio para o fim que a coisa descamba, mas deixaremos essa parte para o final.
Robert Englund, nunca decepcionou no papel de Freddy, se há vacilos em alguns episódios da série é culpa de roteiristas incompetentes e diretores medíocres que acabaram com toda estrutura do personagem, simplesmente viajando na maionese. Quer um exemplo? O fracasso da segunda parte em que os realizadores “gênios” trouxeram Freddy para o mundo real, assassinando o que a série tem de mais criativo, o mundo dos sonhos.
Nessa terceira parte, temos a volta de Nancy (Heather Langenkamp), que para quem não sabe, foi ela a mocinha do primeiro filme da série. Seis anos depois e com mechas brancas, a heroina reaparece para ajudar a última geração de adolescentes da Rua Elm que estão enfrentando problemas com pesadelos.
Logo na primeira cena do filme a jovem Kristen (Patricia Arquette) sonha com o já habitual mundo de Freddy, com direito a um ambiente repleto de jovens mortos e pendurados pelo pescoço, um cenário doentiamente belo, mas doentio que belo, certamente.
Após ter o pulso cortado por Freddy em seu sonho, Kristen acorda. E, logo é internada por sua mãe em uma clínica junto com jovens que a princípio também parecem que tentaram se matar. É aí que conhecemos os personagens secundários da trama.
Atenção, contagem de clichês ambulantes: um paralítico, um mudo, um negro, uma jovem viciada, um designer de marionetes (e típico idiota americanizado!!) e uma guria que sonha em ser atriz de TV. Pasmem, esses são os guerreiros dos sonhos!
Os jovens são tratados pelo Dr. Neil Gordan (Craig Wasson) que não sabe mais o que fazer, só que com chegada de Nancy Thompson, a personagem sobrevivente do filme original, as coisas mudam. Ela é única que acredita que os adolescentes estão sendo mortos por Freddy e fica até metade da exibição tentando convencer o doutor de que monstro existe e mata pra valer!!!
Enquanto isso, nosso mestre do horror se diverte acabando com suas vítimas. Em uma de suas “brincadeiras” mortais ele sai de dentro da TV, com antenas na cabeça (!!!) e antes de enfiar toda a pobre garota dentro da televisão solta a pérola:“Bem vinda ao horário nobre, vadia!”. Essa passagem, com certeza, está imortalizada na mente e nos sonhos dos fãs do mestre dos pesadelos.
Outro exemplo desse novo e serelepe Freddy Krueger é a sequência em que ele entra no doce sonho da viciada. Suas garras viram seringas cheias de heroína, que ele injeta na moça e enquanto ela morre, ele ainda blasfema:“Que viagem!”. Fantástico!!!
Chega a dar nostalgia quando vemos o Krueger do século XXI. E me pergunto, será que Michael Bay viu os primeiros filmes da franquia? Ao que parece não.
“A Hora do Pesadelo 3 – Guerreiros dos Sonhos” é um filme que tem suas pretensões e uma história que poderia ser muito bem explorada, mas não foi, falto um algo a mais, a tal cereja do bolo.
A partir do momento em que os jovens da clínica formam um time que luta contra o malvadão Freddy Krueger, o ritmo descamba e tudo parece mais com uma fantasia infantil do que o propriamente um filme de terror.
Dá para acreditar que cada personagem tem um poder especial nos sonhos? O negro tem uma super força, o aleijado pode andar, a viciada vira uma cyber punk (que poder é esse!?) e Kristen, aqui a personagem principal, pode trazer pessoas do mundo real para os seus sonhos. Assim, o filme se perde na sua própria pretensão e nos minutos finais temos mais efeitos especiais do que qualquer coisa. Um show visual, porém muito vazio de conteúdo.
O roteiro também tem as suas reviravoltas. Por exemplo, uma freira idosa aparece o tempo todo para o Dr. Neil, em cada aparição ela vai revelando a história e quem realmente foi Freddy Krueger. Pergunta: por que ela não aparece para Nancy ou para os jovens, já que eles , ao que parece, tem essa sensibilidade e que pouco a pouco estão sendo retalhados? A tal freira tem um papel de suma importância na trama, quem não viu veja, porque não vou revelar maiores detalhes.
Importante frisar que esse terceiro filme da série marca uma nova Era para Freddy, agora ele passa a matar suas vítimas, quase sempre jovens, baseando-se em suas características, como as mortes da viciada e da menina que sonha em ser estrela de TV já citadas.
A partir daqui, seu personagem virou um produto e os jovens atores verdadeiros clichês ambulantes, muitas vezes sem graça alguma. O que me mantém feliz é saber que Freddy (quando interpretado por Englund) nunca perdeu uma boa piada e sempre soube fazer a alegria de seus fãs.
Robert Englund merece uma estátua em Hollywood, sua interpretação é de extrema maestria, e em todas as ocasiões em que vestiu a luva com garras, o velho chapéu e o habitual pulôver rubro-negro, fez valer o preço das entradas. Então, por que estragar tudo, hein Michael Bay?
“A Hora do Pesadelo 3 – Guerreiros dos Sonhos” é diferente (diferença que se arrasta para os posteriores filmes da franquia) porque trouxe um Freddy mais comunicativo e o resultado não é ruim não, pelo contrário, eu gostei. Sei que muitos fãs xiitas podem me xingar, mas vou correr esse risco, afinal, vida de crítico de cinema é assim, ainda mais em uma área tão restrita como a do cinema fantástico.
Freddy virou um anti-herói e, é impossível não notar seu carisma nessa película, que economiza nas mortes e ganha no humor negro. Essa terceira sequência ficou mais cômica e adaptada para conquistar um público maior, o que de fato aconteceu.
O filme não é uma das mil maravilhas, só que prende a atenção do espectador, pelos menos até a metade da exibição e consegue arrancar algumas reações positivas e risadas com as frases célebres do maior vilão do cinema de horror: Freddy Krueger.
Texto escrito por Léo Castelo Branco
Dos lançamentos imperdíveis aos clássicos que nunca saem de moda – o cinema está aqui.
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uhauhuhauha
ResponderExcluirpior sou fanzasso do freddy *-*
ele é como um anti heroi tipo jason msm mas é mais "mortal" digamos assim
muhahahaha
eu ri muito lendo a sua critica
ResponderExcluira imagem do filme vinha na minha cabeça
“Bem vinda ao horário nobre, vadia!”
eu ri muito
o freddy krueger é um assassino q ele mata brincando
antes dele matar as vitimas ele brinca e faz piadinhas(até parece q isso vai fazer uma pessoa q está prestes a morrer sorrir)
kkkkkkkkkkkkkkk
eu me diverti muito lendo a sua critica
ficou legal
Esse filme - aliás, como todos do Freddy - foi hilário! Revi recentemente em dvd, e matei um pouco as saudades... A garota da capa não é idêntica ao Macaulay Culkin?? rsrs...
ResponderExcluirRenan,
ResponderExcluirSim, Freddy é um fdp, mas sabe muito bem como nos alegrar. As piadas dele são infalíveis.
Fernando,
Sabe que pensei a mesma coisa quando vi a capa do filme é igualzinho!!! hahahahaha
jajajajaja
ResponderExcluiré mesmo, é igual a ele.
Critica bem construida, cheia, como todas suas criticas. Minha esposa já assistiu entao não da pra ficar pra tras! jajaja. PARABENS LÉO
Heheheh... fato! Ah, só achei que a cena da caveira poderia ter sido dispensada! Ficou bem estranho...
ResponderExcluirOtiiiiiima sua critica !!!! Gostei demais mesmo ... Parabens !!!
ResponderExcluirOlha essa critica ficou mto boa, tenho vontade de acompanhar mais a série do Freddy, mas esse humor negro me assusta.
ResponderExcluirRS. Parabéns Léo
Sinto-me na nostalgia apos ter lido sua critica. Parece-me que não há mais filmes bons a ser lançados, nada marcante como Freddy foi na vida de tanta gente. Uma enquete: qual personagem marcou o cinema após Freddy Krueger?
ResponderExcluirWillian Wallace me marcou muito
ResponderExcluir"They can take our lives, but they can never take our freedom." – “Eles podem tirar nossas vidas, mas nunca poderão tirar nossa liberdade” jajajajaja
O Coringa ou Hannibal.
ResponderExcluirEu gosto muito do boneco Chucky, ele realmente marcou minhas infância e adolescência em breve quero postar um dossiê sobre ele aqui no Estranhezas, outro que também marcou, falando em terror, foi o Michael Myers.
ResponderExcluir...Vem pro Freddy!!
ResponderExcluirBy Véio Badoo
Show de Bola. Vc faz o que poucos fazem no Brasil. Lembro-me do da série e lembro como ela mexia comigo e com meus amigos que nos juntavamos em um club de adoradores do FREDDY. Hoje acho isso meio sinistro, mas na epoca era muito interessante.
ResponderExcluirAssim sabe eu acho q esse filme nos dias de hoje nao assustam mais ninguem... Pq agora o mais novo filme de terror q assusta mesmo é o mundo... nada melhor q um filme q nem 3d nao é, é passado na sua frente ou pela tv
ResponderExcluiré beeeeeeem idiota essa 2a parte. coisa de genio foi fazer o freddy virar o palhaço q foi. isso é filme de terror, nao um saturday night live. a parte 3 parece mais esquetes comicas de parodia criada pelo SNL. nao assusta, nao da medo, e é pessimo, um lixo desprezivel!
ResponderExcluir“Bem vinda ao horário nobre, vadia!” kkkk cena épica
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