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segunda-feira, 19 de julho de 2010
Curtinhas de Léo Castelo Branco - Parte 2 - A revanche
O Golpista do Ano (I Love you, Phillip Morris,EUA,2009)
Ótima narração+Hollywood mentirosa+Jim Carrey impecável = a melhor comédia dramática dos últimos anos
Qual a melhor maneira de se contar uma história? O que realmente a torna de fato interessante? Os personagens, a narração ou as surpresas reveladas no transcorrer do quebra-cabeça da trama? No caso de “O Golpista do Ano” (lixo de tradução) temos todas as alternativas e, de fato, uma história muito bem contada, somada a um protagonista cativante que transborda carisma em um filme que dá pano pra múltiplas interpretações. Com pequenas e grandes reviravoltas no roteiro, “O Golpista do Ano” narra a história real de Steve Russell, um gay espertalhão que vivia de pequenos golpes e burlou diversas vezes o sistema penitenciário do estado do Texas, deixando George Bush, governador do estado na época, puto dos córnos (fato que o roteiro faz questão de frisar com ênfase). Steve fugiu 4 vezes da cadeia, dos modos mais inusitados, enganando o sistema e deixando Bush com cara de tacho, literalmente. Na primeira incursão na cadeia, ele conhece e se apaixona por Phillip Morris (Ewan McGregor, muito bem) e daí pra frente somos apresentados a uma história de amor com as trapaças de Steve de pano de fundo. O personagem de Carrey é aquele tipo que acredita estar acima de tudo e de todos e pode manipular qualquer um, já McGregor está uma menina definitivamente, o que é prova de uma interpretação digna de aplausos. O problema é que o filme insiste, já nos créditos iniciais, em frisar que tudo que se passará a seguir são fatos reais, o que não é verdade. Não acredita? Ou você não sabia que Hollywood é patologicamente mentirosa? Tudo bem, porque a atuação de Jim Carrey apaga qualquer coisa, mais uma vez, ele provou ser um excelente ator multi-gênero e o roteiro juntamente com a narração são os melhores que vi nos últimos anos.
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A Orfã (Orphan,EUA,2009)
Ambiente clichezento+personagens burros+boas atuações juvenis = um filme mediano
Sabe quando você assiste a um filme e tem a sensação de que a história foi mal aproveitada, que poderia ir mais além? Pois bem, senti exatamente isso ao fim da sessão de “A Orfã”. Eu diria que tirando o roteiro que segue a risca quase todos os clichês do gênero, recheado de cenas que parecem já vistas antes em outros filmes, personagens burros que não enxergam o óbvio e um final preguiçoso, até que seria um bom filme. Mas também não é péssimo, é sim salvo pelas boas interpretações juvenis, principalmente da orfã malvada Esther (Isabelle Fuhrman) e da garotinha que faz papel de surda (Aryana Engineer). A história tinha tudo para ser perfeita, mas o diretor espanhol Jaume Collet alterna momentos de extremo suspense com cenas clichezentas o que dá um resultado normal, no máximo podemos chamar esse “A Orfã”de um filme mediano.
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“O Sequestro do Metro” (The Taking of Pelhan 1 2 3,EUA,2009)
Denzel Washington + Jonh Travolta+filme paradão = sessão entretenimento
Denzel Washington é Walter Garber, um funcionário do Metro de Nova York, cuja vida vai ser muito afetada devido ao sequestro em uma das estações. John Travolta é Ryder, o autor do crime, que, como líder de uma gangue de quatro pessoas altamente armadas, ameaça executar os passageiros que estão nos vagões a menos que o resgate seja pago dentro de uma hora. Tá, beleza é só mais uma história clichê, já vista antes em diversas outras obras do gênero, como em “Assalto sobre trilhos”, por exemplo. E, em “O Sequestro do Metro” a coisa não é muito diferente, porém é sempre bom ver Denzel Washington e Jonh Travolta trabalhando separadamente, melhor então juntos. Seria melhor ainda se o filme tivesse mais ritmo, cansa ver os dois protagonistas desperdiçando seus talentos ficando quase o filme todo falando através de um rádio. E a ação? Que o espectador pagou pra ver? Enfim, direto e reto: uma sessão entretenimento, nada mais. Detalhe: o filme é um remake de uma obra de 1974 e Garber foi interpretado por Walter Matthau, já o personagem de Jonh Travolta ficou a cargo do não muito conhecido Robert Shaw.
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“Quanto mais idiota melhor” (Wayne’s World, EUA,1992)
Elenco impecável+risadas múltiplas+rock and roll = uma das melhores comédias dos anos 90
Relembrar é viver, sempre! Ainda mais pra esse filme besta feito para imbecis e que eu adoro. Imbecil ou não, cansei de rever e rachar o bico nos saudosos anos 90. Essa obra hilária traz para a telona nossa dupla Waney (Mike Myers) e Garth (Dana Carvey) que já faziam sucesso no Saturday Night Live. No novo formato, os dois têm um programa altamente cômico em uma rede fechada de TV, só que tudo muda quando eles recebem convite para estrelar um programa em uma grande rede de televisão norteamericana. As confusões e o estilo “todo desleixado” dos protagonistas mantêm os espectadores prontos a rirem a qualquer momento e a obra tem sua missão cumprida, com êxito. É diversão garantida! “Quanto mais idiota melhor" contém nos diálogos gírias exclusivas da época como: “detonar”, “no duro” e “da pesada”, e muito mais daqueles ingredientes que tornam tudo mais nostálgico (no bom sentido), falando em diálogos, os dos protagonistas são intocáveis!!! Ah, a trilha sonora também tem muito rock pesado, uma boa pedida para quem gosta do gênero. Para finalizar, “Quanto mais idiota melhor” é especial porque ri de si mesmo, atitude que falta a muitas comédias contemporâneas.
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Léo Castelo Branco.
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(I Love you, Phillip Morris) Também achei incrível, um misto de comédia com tantas outras coisas, que deixam sem fôlego.
ResponderExcluir(A Orfã) sei lá, achei meio patético o final.
Ótimas curtinhas, que tal um artigo (Sede de Sangue) será que merece?
A Órfã eu vi, no cinema, e achei a interpretação de Isabelle Fuhrman bárbara! Algumas cenas parecem ter sido resgatadas do clássico "anjo malvado". Embora o final tenha sido, pra alguns, patético, achei que foi bem original, além de uma boa escapada para nao fazer com que uma criança seja má por natureza. Quem quiser saber novidades do terror, acesse meu blog http://www.sangue.suor.cinema.zip.net com trailers, fotos, noticias e downloads!
ResponderExcluira orfã eu tbm vi no cinema,e tipo o cenario é perfeito o diretor soubre explorar todo o cenario e tal,mas o filme poderia ir alem,mas mediante aos filmes que temos hj,ate que da pro gasto!!!
ResponderExcluir“Quanto mais idiota melhor” Marcou muito minha época que sou de 1980. A sua critica ficou muito boa e altura que esses dois hilários merecem. Tem o 2 também, que merece uma critica. Valeu
ResponderExcluirMuito boa essa idéia de curtinhas. O site é bem construido. Vi sua critica no Scary blog, gostei.
ResponderExcluirQuero muito ver "O golpista do ano" (péssimo título por sinal)
ResponderExcluirAbraço
www.volverumfilme.blogspot.com
Até hoje não pude conferir A Orfã.
ResponderExcluirabraço e sigo o blog!
Cami,
ResponderExcluirSede Sangue (do mesmo diretor de Oldboy)será o próximo artigo do blog, sim! Grande filme.
Tarso,
obrigado pelo elogio, vou sempre tentando melhorar.
Saulo,
Visito sempre seu blog. Muito bom, sigo lá.
Cristiano,
não perdeu nada.
Abraços a todos e obrigado pelo grande número de visitas!
Bom, defeitos a parte eu a-d-o-r-e-i "A Orfã".
ResponderExcluirAs duas cenas mais malignas: a mãe adotiva vê a "orfã" tocando piano profissionalmente e a menina responde algo do tipo:"Eu fingi que não sabia tocar porque deve ser muito frustrante pra você ter um filho que não se importa e uma filha surda."
E a outra cena é quando ela corta as rosas e entrega de "presente" pra mãe. Crueldades muito criativas!!!
Ah... já estou seguindo o blog e está nos meus favoritos. ^^ Abraço!
Bem,eu achei o filme bom porem alguns erros
ResponderExcluirpodendo ser bem aproveitado botando mais suspense
e morte,mais acho que foi burrice de um pai não acreditar na esposa e acabar morrendo assassinado
por uma pequena mais poren adulta eu acho que tinha que ser mais surpreso para os quem admira um bom filme de terror pra mim não foi aquele filme
que surpreende as pessoas que realmente gosta desses fimes de terror..