Mais um slasher dos gloriosos anos 80. Nada diferente, só o fato do assassino se vestir de Papai-Noel, de resto temos alguma nudez gratuita e os velhos clichês de sempre.
O que é sim muito divertido.
Estamos em 1971, véspera de natal. O pequeno Billy Chapman (Danny Wagner) está ansioso para chegada do Papai-Noel, ele, seu irmãozinho e seus pais estão indo visitar o vovô no asilo, e pela trilha sonora natalina e a neve da paisagem já sabemos que estamos na época mais feliz do ano.
Será?
As coisas mudariam tragicamente para Billy naquele dia...
O seu avô não fala nada, simplesmente vive em estado vegetativo, deixando a família Chapman preocupada, o vovô está a cada dia pior.
Oh, céus..
Os pais e o irmãozinho saem de cena para falar com os médicos deixando Billy a sós com vovô e, por incrível que parece ele começa a falar. Com trejeitos aterrorizantes e uma cara carrancuda ele diz ao neto que se ele foi um mau menino o Papai-Noel vai vir cobrar, pois ele só agradada os meninos que foram bons o ano todo.
O garoto deve ter se cagado ali mesmo, porém o que estava por vir era muito pior...
Os pais do garoto e o irmãozinho retornam, e olha lá o vovô voltou a estado vegetativo.
Billy e família vão para casa e o garotinho começa a questionar sobre a bondade do bom velinho, será ele uma força do mal?
Onde estaria ele agora?
Assaltando uma loja.
Isso mesmo!
Ele mata o caixa por míseros 32 paus, mostrando que o bom velinho é verdadeiro filho da puta e tem dó não.
Cena seguinte...
Billy e sua família na estrada avistam o Papai-Noel (aquele mesmo fdp) com o carro parado e sinalizando para eles pararem, se Billy ainda não se cagou ainda essa é hora.
O pai para o carro mesmo contra a vontade do menino, e o pior acontece...
Aparentemente, o mau velhinho não quer roubar nada. Ele simplesmente mete uma bala nos cornos do papai, arranca a mamãe do carro e tenta estrupá-la só que ela não quer cooperar, então ele decida simplesmente matá-la cortando sua garganta, Billy corre em direção a uns arbustos (sem ligar pro irmãozinho). Escondido ele ainda vê o papai-noel com sua faca suja de sangue blasfemar e o xingar, para então desistir de procurá-lo e fugir.
O irmãozinho também sobreviveu.
Os dois crescem num orfanato.
No núcleo do orfanato temos a Madre Superior (Lilyan Chauvin) muito severa e sempre pronta para castigar, aquela figura que causa medo e arrepio em qualquer criancinha e com Billy não foi diferente, ele deve ter se borrado muitas vezes. Para sorte dele existe a irmã Margareth (Gilmer Mccornick) que está, ao contrário da Madre Superior, querendo ajudar o garoto Billy ao invés de castigá-lo a cada probleminha.
Na primeira metade do filme, vemos o perfil psicopata sendo formado. Billy tem pesadelos e faz desenhos do Papai-Noel armado com facas e animais sem cabeça, a Madre Superior até tenta força-lo a sentar no colo do bom velinho, mas Billy da um saco e nocauteia o velhote, é ver para crer.
Passam-se 15 primaveras...
Graças a irmã Magareth, Billy ( agora interpretado por Robert Brain Wilson) consegue um emprego numa loja de utensílios em geral. No começo tudo vai bem, até o natal se aproximar e o passado começar a voltar nas lembranças do jovem Billy... para piorar o seu chefe o obriga a vestir-se com trajes natalinos.
Pronto.
O psicopata está formado e para a matança começar é questão de tempo.
Daí pra frente a história é bem previsível e não foge a cartilha.
Seios, sangue e mortes.
E Papai-Noel matando e matando e matando.
O que é sim muito divertido.
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Léo Castelo Branco
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Ficha Técnica
Nome: Natal Sagrento (Silent Night, Deadly night)
Diretor: Charles E. Sellier Jr.
Roteiristas: Paul Caimi, Michael Hickey
Elenco: Lilyan Chauvin, Gilmer McCormick, Toni Hero, Robert Brian Wilson
Natal sempre foi um tema bem explorado pelo cinema, mas nao pelo terror. Pelo menos em originalidade, estão de parabéns!
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