Amigos e amigas, devido ao último post e todas as lembranças nostálgicas dos anos 90, resolvi dedicar uma parte desse insignificante blog para algumas das relíquias da época. Então, peguei um dia para rever 4 grandes filmes do período. Escrevi pequenas resenhas sobre cada um deles e já adianto que podem repetir a minha sessão porque rir é o melhor remédio!
Preferi falar apenas do começo há metade da década, pois os filmes desse período me agradam muito mais e realmente já estava na hora de revê-los. Esses aí marcaram época para mim.
Risada é o que realmente não vai faltar...
A eles...
“Billy Madison – Um Herdeiro Bobalhão” ( Billy Madison, EUA, 1995)
No post passado citei alguns atores que estouraram na década passada pois bem, tive o prazer de rever esse filme bem engraçado capaz de causar boas risadas e o que me impressionou foi descobrir ( era novo quando vi esse filme) que Sandler assina o roteiro junto com o parceiro Tim Hearly, juntos eles escreveram a 4 mãos outros filmes como o engraçado “Um Maluco no golfe” ( Happy Gilmore, EUA, 1996) e o nem tanto “Little Nicky” (Idem, EUA, 2000).
Voltando ao Herdeiro bobalhão (mais uma péssima tradução brasileira, meu povo!!), o filme só podia ter a mão de Sandler na produção porque é feito na medida de seus personagens, principalmente como se sagrou no Saturday Nigth Live da NBC, caretas e vozes bizarras em atitudes hilariantes. Humor insano, isso soa bonito não!?
A história começa quando Billy Madison o filho de um dono de uma grande rede hotéis, Brain Madison (Darrem McGavin) é desprovido de seu pai de tocar o negócio da família, simplesmente porque ele é um completo idiota que só quer saber de farra com os amigos e revistas pornô, e o pior é que a empresa vai parar mãos do ganancioso Eric Gordon (Bradley Whitford), o qual o herdeiro odeia. Billy volta para refazer todas as séries (desde o jardim de infância), cada uma em duas semanas, para mostrar ao seu velho pai que não é “burro” e poder comandar os negócios da família.
O filme conta ainda com a linda Bridgette Wilson de par romântico de Sandler, sempre uma beleza que vale a pena conferir e ainda Chris Farley (outro hilário comediante da época, infelizmente morto no ano 1997) no papel de um cômico motorista escolar , juntamente com o show de Sandler que faz o que quer e nos diverte nesse filme que o lançou definitivamente para o sucesso.
- Jamaica Abaixo de Zero ( Cool Runnings, EUA, 1993)
Realmente me surpreendeu rever esse filme. Bonito, sincero e com uma bela mensagem contra o preconceito como pano de fundo. Sem falar que é uma das últimas atuações do mestre Jonh Candy (falecido precocemente em 1994), sempre com seu carisma hospitaleiro e no papel de quem a vida vem para dar uma lição.
Baseado numa história real, sobre uma incomum pretensão, formação e treinamento de uma equipe jamaicana de Bobsled (espécie de esporte de neve em que deve-se andar com um trenó especial numa rápida pista de gelo) que deseja - e consegue - participar das Olimpíadas de Inverno de 1988.
Jonh Candy é a estrela com seu jeito bonachão, Doug E. Doug está impossível como o Rastafari Sanka.
Uma sessão da tarde de luxo.
- Marte Ataca ( Mars Attack, EUA, 1996)
Uma divertida paródia aos filmes de ficção cientifica, principalmente aqueles primórdios dos anos 50, esse projeto de Tim Burton (sempre maluco e genial) também foi visto por muitos como uma sátira aos filmes-catástrofe que saiam na época, com “Independence Day” ( Idem, EUA,1996), já que Marte Ataca trata a invasão de extraterrestres ao planeta terra de maneira cômica, exatamente na linha contrária dos filmes-catástrofe.
Os efeitos especiais e a trilha sonora são propositalmente precários, os marcianos têm um “design” um tanto quanto peculiar, parecem vindos direto de um HQ. Não por acaso “Marte Ataca” foi inspirado numa revista em quadrinhos de mesmo nome, que como você já deveria saber nunca foi e, nunca será lançado por aqui.
O clima de ficção cientifica barata e a não-pretensão desse projeto que é um grande filme, com um grande elenco, porém não tem ambição em nenhum momento, a não ser a de ser um simplório filme B.
Isso mesmo!
E você já viu um filme B com Jack Nicholson, Michael J. Fox, Glenn Close, Pierce Brosnan e Sarah Jessica Parker?
Não que esse filme seja B, mas se não é B é uma grande homenagem a eles.
Burton mais criativo do que nunca aproveita também para fazer uma paródia ao “american way of life” há começar da casa branca. O presidente (Jack Nicholson) é um banana, a primeira dama (Glenn Close) é uma mulher fútil que só pensa nas roupas que usa. E os dois estão únicos.
E tem mais...
Os militares são uns alienados (diferente dos heróis de guerra de Independence Day) e só pensam em ganhar medalhas, já imprensa é representada como tal: suja e facilmente maleável.
Vale cada minuto de exibição.
Deixei o melhor da sessão para o final. Esse filme verdadeiramente marcou minha infância, uma comédia de humor negro espetacular, não existe outro adjetivo para descrevê-la.
Assim como Sandler, Martin Short, que aqui interpreta Clifford começou no Saturday Night Live, aliás, esteve lá por um longo período (1984-2006). Pois é, Short tem a cara do humor escarrado dos anos 90, não entendo como não fez mais sucesso como Carrey ou Sandler.
Não posso deixar de falar também de Charles Grodin que faz o tio neurótico do menino endiabrado. Os produtores de Clifford com certeza viram “Beethoven, O magnífico” (Beethoven, EUA, 1992) 2 anos antes, porque aqui o papel é praticamente o mesmo, um homem de meia idade a beira de um colapso, só que invés de pirar por causa de cachorro, ele perde o senso por causa do seu sobrinho de 10 anos.
Os pais de Clifford (interpretados por Richard Kind e Jennifer Savidge) já estão putos da vida e querem simplesmente matar o garoto e não é pra menos. Logo nos 10 primeiros minutos do filme ele já: acordou seu pai enfiando seu pequeno dinossauro no seu nariz e fez um avião pousar em Los Angeles porque ele está fascinado por um parque de dinossauros que tem na cidade.
É aí que entra o Tio Martin (Charles Grodin). O pai do garoto tem uma reunião em São Francisco e com medo que o moleque arrume mais confusão ele liga para o seu irmão pedindo que fique com Cliff no final de semana. Programão, hein?
Tio Martin quer impressionar a linda Sarah Davis (Mary Steenburgen). Ela quer ter filhos e Martin vê a oportunidade perfeita para provar que pode se dar muito bem com crianças.
Só que Clifford vai fazer qualquer coisa para ir ao tal parque. É ver para crer.
Um filme totalmente sem escrúpulos, que chega a chocar. Martin Short e Grodin formam a dupla perfeita: o pequeno doente e o tio que aos poucos enlouquece com as peripécias do sobrinho, os ingredientes perfeitos para uma boa dose de risadas.
Espetacular!